Vanderlei Luxemburgo chega à Toca da Raposa II com o objetivo de tirar o Cruzeiro da zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro como o primeiro treinador a somar três passagens pelo clube neste século. Em 2003, ele fez história como o comandante do time que ficou marcado pela conquista da Tríplice Coroa.
Em 2015, sua tarefa era evitar a queda à Segunda Divisão nacional, mas ele fracassou. Agora, vive uma espécie de tira-teima.
Somar três passagens pelo Cruzeiro está longe de ser um recorde. Matturio Fabbi, primeiro treinador da história do Palestra Itália, alcançou isso entre 1928 e 1938.
Niginho, maior ídolo da fase palestrina do clube, foi o treinador por seis vezes. Isso em 15 anos, entre 1948, logo depois de abandonar os gramados, e 1963, quando foi o responsável por lançar Tostão, que mais tarde tomaria dele a condição de maior nome da história centenária do clube.
Neste século, dois treinadores completaram a terceira passagem pelo Cruzeiro, mas numa história iniciada na década de 1990. Levir Culpi comandou o time na conquista da Copa do Brasil de 1996. Em 1998, foi vice-campeão das Copas do Brasil e Mercosul, títulos perdidos para o Palmeiras, e o Brasileirão.
Em 1999, após bela campanha na Série A, caiu nas quartas de final diante do Atlético e foi demitido. Em seu lugar entrou Paulo Autuori, que em 1997 tinha vencido a Copa Libertadores. Esta segunda passagem durou até o início de 2000.
O que une Levir e Autuori, e se transforma em desafio para Luxemburgo, é que a terceira passagem dos dois pela Toca da Raposa II foi marcada pelo fracasso.
Em 2005, Culpi perdeu a decisão do Campeonato Mineiro para o Ipatinga, foi eliminado pelo Paulista, de Jundiaí, nas semifinais da Copa do Brasil, e não resistiu a um início ruim de Brasileirão.
Dois anos depois, Paulo Autuori teve sua terceira passagem pelo Cruzeiro encerrada num jogo marcante: a goleada de 4 a 0 do Atlético sobre o rival, no jogo de ida da decisão do Campeonato Mineiro de 2007, que ficou marcado pelo “Gol de Costas” do centroavante Vanderlei sobre Fábio.
O desafio é enorme. E o desejo cruzeirense, com certeza, é de que o Vanderlei Luxemburgo de 2013 esteja de volta à Toca da Raposa II, pois se for o de 2015, ele não conseguirá superar a “maldição” da terceira passagem pelo clube, que afetou Levir e Autuori.
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